terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Las pausas de la vida

He fumado en las pausas de la vida
las lentas hojas de tabaco oscuro,
he cuidado mis plantas, y en la tarde
he aguardado escribiendo
aquello que se fue o lo que deseo
que en adelante llegue para así
poder perderlo todavía.
He aguardado fumando, y el tabaco
ha sido un dulce aroma, mi esperanza
de tabacos más dulces, de otras hojas
en las plantas que cuido y que deparan
una flor a mis ojos que todavía esperan.
Y cuando ya mis ojos no consigan
encontrar el camino alegre de la espera,
y cansados demanden una última pausa
para fumar en calma y recordar,
yo quisiera que entonces
mi vida hubiera dado una cosecha
apretada y hermosa,
lo mismo que la planta del tabaco,
que tal vez ya no sepa
conservar para mí el sabor que ahora tiene,
consolarme esos días.
Que mi vida suplante a ese tabaco
para poder prensarla, estando seca,
sentirla entre los dedos, llevármela a la boca.
Que el fuego la convierta en humo dulce,
en un último aroma.

Fonte: Blogue: Poemas del Alma

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Queda Prohibido

¿ Qué es lo verdaderamente importante?,
busco en mi interior la respuesta,
y me es tan difícil de encontrar.
Falsas ideas invaden mi mente,
acostumbrada a enmascarar lo que no entiende,
aturdida en un mundo de falsas ilusiones,
donde la vanidad, el miedo, la riqueza,
la violencia, el odio, la indiferencia,
se convierten en adorados héroes.
Me preguntas cómo se puede ser feliz,
cómo entre tanta mentira puede uno convivir,
es cada uno quien se tiene que responder,
aunque para mí, aquí, ahora y para siempre:
queda prohibido llorar sin aprender,
levantarme un día sin saber qué hacer,
tener miedo a mis recuerdos,
sentirme sólo alguna vez.
Queda prohibido no sonreír a los problemas,
no luchar por lo que quiero,
abandonarlo todo por tener miedo,
no convertir en realidad mis sueños.
Queda prohibido no demostrarte mi amor,
hacer que pagues mis dudas y mi mal humor,
inventarme cosas que nunca ocurrieron,
recordarte sólo cuando no te tengo.
Queda prohibido dejar a mis amigos,
no intentar comprender lo que vivimos,
llamarles sólo cuando les necesito,
no ver que también nosotros somos distintos.
Queda prohibido no ser yo ante la gente,
fingir ante las personas que no me importan,
hacerme el gracioso con tal de que me recuerden,
olvidar a toda la gente que me quiere.
Queda prohibido no hacer las cosas por mí mismo,
no creer en mi dios y hacer mi destino,
tener miedo a la vida y a sus castigos,
no vivir cada día como si fuera un último suspiro.
Queda prohibido echarte de menos sin alegrarme,
olvidar los momentos que me hicieron quererte,
todo porque nuestros caminos han dejado de abrazarse,
olvidar nuestro pasado y pagarlo con nuestro presente.
Queda prohibido no intentar comprender a las personas,
pensar que sus vidas valen más que la mía,
no saber que cada uno tiene su camino y su dicha,
pensar que con su falta el mundo se termina.
Queda prohibido no crear mi historia,
dejar de dar las gracias a mi familia por mi vida,
no tener un momento para la gente que me necesita,
no comprender que lo que la vida nos da, también nos lo quita.
Fonte: VIDA ES SUEÑO - post de 02Jan2009

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Canción amarga

Nada turba mi ser, pero estoy triste.
Algo lento de sombra me golpea,
aunque casi detrás de esta agonía,
he tenido en mi mano las estrellas.

Debe ser la caricia de lo inútil,
la tristeza sin fin de ser poeta,
de cantar y cantar, sin que se rompa
la tragedia sin par de la existencia.

Ser y no querer ser? esa es la divisa,
la batalla que agota toda espera,
encontrarse, ya el alma moribunda,
que en el mísero cuerpo aún quedan fuerzas.

¡Perdóname, oh amor, si no te nombro!
Fuera de tu canción soy ala seca.
La muerte y yo dormimos juntamente?
Cantarte a ti, tan sólo, me despierta.

Fonte: Poemas del Alma

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Infância perdida

via O Lupango da Jinha em 04/08/09
Nesse tempo, Edelfride,
Com quatro macutas
A gente comprava
Dois pacotes de ginguba
Na loja do Guimarães.


Nesse tempo, Edelfride,
com meio angolar
a gente comprava
cinco mangas madurinhas
no Mercado de Benguela.


Nesse tempo, Edelfride,
montados em bicicletas
a gente fugia da cidade
e ia prás pescarias
ver as traineiras chegar
ou então
à horta do Lima Gordo
no Cavaco
comer amoras fresquinhas.


Nesse tempo, Miau,
(alcunha que mantiveste no futebol)
nós fazíamos gazeta
da escola coribeca
e íamos os quatro
jogar sueca
debaixo da mandioqueira.


Era no tempo
em que o Saraiva Cambuta batia na mulher
e a gente gostava de ver a negra levar porrada.


Era no tempo
dos dongos da ponte
dos barcos de bimba
dos carrinhos de papelão


Como tudo era bonito nesse tempo, Miau!

Era no tempo do visgo
que a gente punha na figueira brava
para apanhar bicos-de-lacre e seripipis
os passarinhos que bicavam as papaias do Ferreira Pires
que tinha aquele quintalão grande e gostava dos meninos.


Era no tempo dos doces de ginguba com a...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Amancio Prada canta Rosalía de Castro (poema "Adiós, ríos; adiós, fontes")

Amancio Prada canta Rosalía de Castro

via Lusofonia Horizontal by Daniel on 9/16/10



Adiós, ríos; adiós, fontes;
adiós, regatos pequenos;
adiós, vista dos meus ollos;
non sei cándo nos veremos.
Miña terra, miña terra,
terra donde me eu criéi,
hortiña que quero tanto,
figueiriñas que prantéi,
prados, ríos, arboredas,
pinares que move o vento,
paxariños piadores,
casiña do meu contento,
muíño dos castañares,
noites craras de luar,
campaniñas trimbadoras
da igrexiña do lugar,
amoriñas das silveiras
que eu Ile dabaó meu amor,
camininos antre o millo,
¡adiós, para sempre adiós!
¡Adiós, groria! ¡Adiós, contento!
¡Deixo a casa onde nacín,
deixo a aldea que conoso
por un mundo que non vin!
Deixo amigos por estraños,
deixo a veiga polo mar,
deixo, en fin, canto ben quero . . .
¡Quén pudera no o deixar . . .!
......... Mais son probe e, ¡mal pecado!,
a miña terra n'é miña,
que hasta lle dan de prestado

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Lisboa à noite (cantada pela Milú)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Vou-me embora pra Paságada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive

E como farei ginástica Andarei
de bicicleta Montarei
em burro brabo Subirei
no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar!
E quando estiver
cansado Deito na beira
do rio Mando chamar a mãe-d´água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter
jeito Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Fonte: Mensagens com Amor
http://www.mensagenscomamor.com/poemas_e_poesias_de_manuel_bandeira.htm

Manuel Bandeira

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Poeira - canção cantada por BONGA

Bonga - Poeira

Era - A poeira do posto
Roeira na rua
Para nos kua tar
Vento - Era empoeirado
Ventava os cubicos
Nos empobrecer.

Poeira - Com impureza
Sempre levantou
E nos bofocou.

Roda - Sai do rodopio
Que o chefe do posto
Vai te zangular.
Lembro
Eu era kanuku
Fugia da cerca
Para Sal vaguardar
Me lembro
Toda essa desgraça
Negros transpirados
Da rusga fugir.

Fonte: Site http://www.letras.com.br/#!bonga/poeira. 
Canção cantada por Bonga

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Salamanca

Plaza Maior, enorme, quadrada
Das maiores de Espanha
Rodeada de edifícios rosados
Da pedra nativa
De arcarias enormes e antigas
Qual fortaleza, toda fechada
Em noites de verão iluminada
enchem-na estudantes em algazarra
de danças e guitarradas
Gente nativa e de outras terras
Cavaqueiam nas esplanadas
Deleitam-se com as gentes
Com o pensamento, com o sonho…
Ali está a Universidade antiga
Cidade de juventude, de Unamuno, de saber
Coimbra de Espanha
Em sala de respeito
Colombo enfrenta os Lentes de forte catadura
Os sábios do mundo
E Colombo perde
Mas não morre a esperança
De encontrar a Índia do outro lado do mar
Perto está o pueblo de Tordesilhas
E Simancas
Onde se guarda o manuscrito que divide o mundo
Entre Portugal e Espanha
Salamanca pequena, pequenina
Mas tão grande é
Esta Cidade
Que é de todo o mundo


Rui Moio 29Jan2007 – concebido à hora do almoço

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Os poemas do Rui

1º. Personagem

Os poemas do Rui
Não são poemas

Os poemas do Rui
Não são poemas, já disse,
Bolas!... Não têm rimação


2º. Personagem

Não são poemas?

Os poemas do Rui
Não são poemas ?
Porque falta a rimação?

1º. personagem

Não, não são
Definitivamente não

2º. personagem

Os poemas do Rui
São palavras soltas
Deitadas de qualquer jeito
Cantam ou "descantam",
As famílias divididas
Os amigos dispersos
As tribos destribalizadas
A Terra devastada
A História aldrabada
A alma
Os poemas do Rui
Os poemas do Rui
São palavras soltas
que "descantam", que "descantam"
Trinta anos de mentiras.

23Jun2005
Pensado e redigido ao final da tarde quando saboreava uma bica amarga e fria

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